Fiquem em casa: SUS poderá ter colápso




O Sistema único de Saúde (SUS) passará pro um dos maiores testes de fogo de sua história, devido ao crescimento de infectados por causa do Coronavírus no Brasil. A começar por um orçamento previsto para este ano de 136 bilhões, bem abaixo do ano de 2019 que foi de 147 bilhões o sistema de saúde brasileiro poderá ter muita dificuldades.

O País dispõe de cerca de 55 mil leitos de UTI, metade do SUS e metade da saúde complementar. O problema é que apenas 25% da população tem acesso à saúde suplementar, que fica com a metade dos leitos. Os outros 75% dos pacientes, que utilizam o SUS, ficam com a outra metade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde indicam que deve haver de um a três leitos para cada dez mil habitantes.

a estrutura disponível não está dimensionada para suportar os efeitos de uma pandemia. Em São Paulo, o governo já anunciou a instalação de 1,4 mil leitos adicionais e outros estados também estão reforçando sua estrutura de atendimento. Mesmo assim, há o forte temor de que faltem camas de UTI. As regiões Norte e Nordeste podem ficar desassistidas. A taxa de ocupação média nas UTIs privadas é de cerca de 80%. Já nos hospitais públicos, essa taxa é de impressionantes 95%, segundo a Associação Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

O médico intensivista Wilson Oliveira, membro da diretoria da AMIB, diz que serão necessários pelo menos mais dois mil leitos de UTI para suprir a necessidade imposta pelo coronavírus. O Ministério da Saúde afirma, em nota, que já autorizou o envio de 200 dos 540 leitos de UTI volantes de rápida instalação. Serão destinadas 80 unidades para São Paulo, 40 no Rio de Janeiro, 30 no Rio Grande do Sul e 50 em Minas Gerais. Esse reforço na rede hospitalar do SUS prevê um gasto de R$ 396 milhões. “Algo como 80 % dos casos são leves, 20% necessitam de internação e destes, 15% de UTI, pois precisam de suporte de aparelhos de ventilação artificial”, disse Oliveira.


Os problemas atuais relacionados à pandemia do coronavírus, somados às deficiências pontuais e históricas do SUS, vão empurrar o sistema de saúde brasileiro para o maior teste de sua história e torná-lo ainda mais importante para garantir o bem-estar da população. O que não pode faltar são leitos UTI para atender os doentes e salvar vidas.
Disse  o médico infectologista José Luiz de Andrade Neto, professor titular da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Por isso é importante a população respeitar as ordens das autoridades para permanecerem em casa para reduzir contágios.

Fonte: Msn

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